quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Profissão: Diretor


Salve cinéfilos...

Não tenho visto muitos filmes novos ultimamente, portanto não tenho muito assunto para reviews. Entretanto, o Blog fala sobre cinema em geral, então vou me arriscar em um assunto um tanto delicado: Direção.

Antes de começar, quero deixar claro que o ponto de vista e as idéias que expresso aqui são de um leigo que gosta de cinema, e não de um profissional. Se alguém não gostar do que eu vou escrever aqui, ou notar uma "canelada", por favor, chamem a minha atenção.

Bom... como começar a falar sobre diretores? Acredito que a melhor forma de se fazer isso do ponto de vista de um apaixonado por cinema seja levantar uma lista com os filmes que mais gostei, em todos os aspectos, nesses meus 28 anos de vida. Afinal, um diretor é, basicamente, aquele cara responsável por todo o filme. É quem leva os louros se a obra for um sucesso, e quem fica em frente ao pelotão de fuzilamento se não agradar.

Começo com a lista, não necessariamente em ordem de preferência, apenas de lembrança:

1º - O Senhor dos Anéis (trilogia, 2001-2003);
2º - Matrix (1997);
3º - Coração Valente (1995);
4º - Dança com Lobos (1990);
6º - Guerra nas Estrelas (trilogia, 1977, 1980 e 1983);
7º - 300 (2006);
8º - Bastardos Inglórios (2009);
9º - Watchmen (2009);
10º - Tron: O Legado (2010).

- Vou começar do último da lista para o primeiro. Em Tron: O Legado, dou um tiro no escuro, prá ser honesto. O estreante Joseph Kosinski realiza um esplêndido trabalho, mas há um porém: ele foi orientado pelo diretor e roteirista do filme de 1982, Steven Lisberger, ou seja: os dois filmes são "crias" do veterano. Mas como a escolha do diretor da sequência foi do próprio Lisberger, não podemos negar o mérito do novato, que atendeu às expectativas tanto do mentor quanto dos fãs. Um ótimo exemplo de renovação no cinema.

- Em 9º lugar nessa minha lista, está um dos (senão "o") melhores filmes de heróis que já vi. Uma adaptação dos quadrinhos (que confesso não conhecer), essa obra é assinada pelo diretor Zack Snyder, que está no comando do novo remake de Superman e iniciou na direção regravando (?) o clássico trash Madrugada dos Mortos. Uma das grandes novas promessas de Hollywood, apesar de sua estréia ocmo diretor não ter agradado a todos. Fãs de George Romero, diretor do primeiro Madrugada dos Mortos, dizem que o novo não poderia ser chamado de refilmagem. Muita coisa foi alterada no novo filme, que deveria ser algo independente, com referências ao antigo na forma de uma homenagem, e não um remake. Mas não se pode agradar a gregos e troianos, se bem que Snyder chega bem perto.

- Pode até não ser unânime, mas na minha opinião, um dos maiores diretores vivos é Quentin Tarantino, que dirigiu o filme Bastardos Inglórios e várias outras excelentes produções, como Pulp Fiction e Kill Bill, além de ter seu nome associado à várias outras obras, seja como produtor, roteirista, ator... Famoso por suas cenas exageradas (com braços decepados, sangue espirrando de ferimentos, lutas épicas inspiradas em antigos filmes dobre samurais...), Tarantino já proporcionou ótimos momentos a esse humilde cinéfilo, e garanto que ainda vai proporcionar muitos mais.

- Em 300, temos mais uma vez Zack Snyder à frente do projeto. E que projeto! Adaptado da Graphic Novel homônima de Frank Miller, o filme é épico em todos os sentidos. Snyder conseguiu capturar o clima dos quadrinhos e jogá-lo na nossa cara, sem pedir desculpa! É por causa de filmes como esse que usei antes a expressão "Uma das grandes novas promessas de Hollywood" para definir esse diretor.

- O fenômeno Guerra nas Estrelas é um marco no cinema. Não lembro de ter notícia de outro filme do qual tenham sido feitas tantas referências na história. Houve inclusive, na abertura do Superbowl americano desse ano, um comercial da Volkswagen em que uma criança aparece usando nada menos do que a máscara daquele que, na minha opinião, é o mais lembrado vilão de histórias de todos os tempos: Darth Vader. A idéia do filme saiu da cabeça de George Lucas, que havia feito alguns anos antes (1973) o filme Loucuras de Verão (mais conhecido pelo nome original "American Grafiti"), e que foi um sucesso na época. Em parcerias com Steven Spielberg, fez parte das equipes de vários sucessos, como a quadrilogia de Indiana Jones, por exemplo.

- Talvez vocês já tenham ouvido falar dos irmãos Joel e Ethan Coen. Mais especificamente em notícias relacionadas à premiação do Oscar dos últimos anos. O filme Bravura Indômita (2010) foi agraciado com 10 indicações à estatueta, e uma delas será entregue, em caso de vitória, a esses dois irmãos. O filme da lista, Onde os Fracos Não têm Vez, ganhou em 4 categorias das 8 a que concorreu. E todas as 4 foram merecidas, em especial o prêmio de melhor ator coadjuvante (em parte graças aos diretores, para Javier Barden, que concorre ao Oscar de melhor ator este ano por Biutiful. Os irmãos Coen são, na minha opinião, o melhor exemplo do ditado "duas cabeças pensam melhor que uma".

- Não são muitos os indivíduos que têm competência para fazer duas coisas ao mesmo tempo. Kevin Costner conseguiu, nesse que eu considero o melhor trabalho da carreira dele. Dança com Lobos é um western, mas sem cara de western. Está mais para um épico histórico. Dirigir e atuar no mesmo filme pode ter a vantagem, para o ator, de saber precisamente o que o diretor quer que ele faça. E Costner, nesse filme, executou as duas funções muito bem.

- Assim também o fez Mel Gibson no fenomenal Coração Valente. Esta semana mesmo, conferindo meu Twitter, vi um "seguido" dizendo que sempre chora no final deste filme. E emociona mesmo ver Mel Gibson na pele de William Wallace. Quando fiquei sabendo que ele estava também coordenando tudo por trás das câmeras foi uma satisfação enorme: provou que competência pode vir em dobro em certas pessoas.

- Voltando ao que comentei sobre os irmãos Coen, há em Hollywood outra dupla de fraternos que, em 1997, explodiu a cabeça de nerds e geeks que foram aos cinemas para assistir Matrix. Tudo começou pela chamada dos tease trailers, dizendo "Ninguém pode lhe dizer o que é a Matrix, você tem que ver por você mesmo." e "A Matrix te pegou!" ("The Matrix has you" faz mais sentido no inglês). Milhões de pessoas correram aos cinemas do mundo todo para tentar descobrir o que era a Matrix, tudo por causa da idéia de Andy e Larry (Lana) Wachowski, duas das maiores mentes criativas do século passado.

- Por fim, aplausos em pé são devidos ao neozelandês Peter Jackson. E não só pelo desempenho como diretor, mas pela coragem de assumir um projeto perigoso como foi a trilogia de O Senhor dos Anéis. Uma produção que levou 8 anos e um orçamento próximo dos 280 milhões de dólares era, definitivamente, um projeto arriscado, especialmente por ser uma adaptação tão famosa e com uma legião tão grande de fãs. Mas Jackson apostou que daria certo... e deu! Além da trilogia, ele já dirigiu outros blockbusters milhonários, como King Kong, e já está confirmado na direção de O Hobbit, além de ter sido responsável pela produção da agradável surpresa que foi Distrito 9.

Prá terminar esse post com uma conclusão, gostaria de dizer que sim: eu sempre quis ser diretor de cinema. O problema é que, com o meu gosto estranho, os filmes talvez não agradassem muito, nem mesmo aos fãs dos mesmos gêneros que eu. Então me contento a dar a minha modesta opinião a respeito das obras e seus criadores.

(Obs.: Revisado em 11/02/2011)

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