quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mad Max

Sim, sim... eu sei... estive longe por um bom tempo... mas foi por um motivo nobre. Tive que priorizar alguns assuntos, mas não esqueci do blog. Apenas aumentei consideravelmente o tempo entre uma postagem e outra.

E para compensar, trago agora um clássico do cinema do final da década de 70 e início dos anos 80: MAD MAX!




Usando a imaginação, pensem em um mundo onde os recursos naturais, especialmente combustíveis à base de petróleo, estão praticamente exauridos. Claro, vivenciamos algo parecido hoje, mas estou falando sobre pessoas começando a entrar em desespero por causa de uns litros de gasolina.

É nesse mundo que o policial rodoviário Max Rockatansky vive com mulher e filho. Max é um ás no volante, um motorista muito acima dos padrões normais, além de ótimo mecânico. Como policial, tem sua reputação um tanto desfigurada, pois as perseguições nas quais se envolve normalmente terminam com a morte do fugitivo. Isso lhe rendeu o apelido de "Mad Max", ou Max Louco.

Este é o ambiente do primeiro filme, de 1979, dirigido por George Miller, com Mel Gibson (Coração Valente, Máquina Mortífera) no papel principal, além das atuações de Joanne Samuel (Watch the Shadows Dance), Hugh Keays-Byrne (Moby Dick) e Steve Bisley (The Chain Reaction, A Grande Trapaça). Filmado na Austrália, onde as estradas (pelo que se vê no vilme, claro) eram bastante retas e estreitas, o ar de "Road Vigilante" é evidente, e revela o talento que sempre existiu por trás do rosto zombeteiro de Mel Gibson, na época um rapazola de 23 anos.

Algo que me chamou atenção da última vez que revi o clássico foi a trilha sonora: dramática, a melodia orquestrada é quase exagerada, mas o filme não seria o que é se não fosse por essa trilha digna de filme de suspense.

Com o sucesso do filme, os produtores pensaram (ou foram os bolsos deles que pensaram?): "E se fizéssemos uma continuação?"

Honestamente, minha opinião diverge um pouco da de muitos dos fãs que dizem que Mad Max deveria ter sido apenas um filme, e não uma trilogia. A sequência, Mad Max - The Road Warior, ou Mad Max - A Caçada Continua, traz novamente Mel Gibson na pele de Max, mas agora algum tempo depois do final do primeiro filme, e dessa vez um litro de combustível vale mais do que um quilo de ouro. Os habitantes dessa distopia regrediram a um estado semi-barbárico, que apenas vagamente remete à sociedade atual. Dirigido novamente por Miller e mostrando Bruce Spence (Matrix Revolutions, Guerra nas Estrelas - A Vingança dos Sith).

Uma sequência interessante, mostrando como poderia ser o futuro da humanidade, não fosse pela onda de "Energia Renovável" que está vindo com toda a força.

Até aí, tudo ótimo. Mas é agora que a minha opinião passa a ser a mesma dos fãs: Mad Max - Além da Cúpula do Trovão poderia ter sido perdido no transporte, ou incinerado em um incêndio acidental do estúdio. Novamente os bolsos dos produtores convenceram os investidores de que um terceiro filme da franquia seria uma "boa idéia".

Foi tão boa idéia quanto trazer Tina Turner, na época com a fama no auge, pois como atriz, ela é uma excelente cantora. Mel Gibson volta à pele de Max e Bruce Spence dá o ar da graça novamente, todos mais uma vez sob a batuta de Miller.

Na história, a coisa toda foi por água abaixo. Pequenos núcleos da pseudo-sociedade ainda lutam para sobreviver ao caos. Em um povoado, Max acaba virando um joguete pelo controle da vila, mas como sempre leva a melhor. Ou a pior, dependendo do ponto de vista...

No geral a série é boa, se levarmos em consideração que "Whe don't Need Another Hero", canção tema do terceiro filme, foi um grande sucesso. E na onda dos remakes e sequências tardias, um 4º filme está a caminho, com Tom Hardy na pele de Max. Já anunciado pelo IMDb como o Bane do novo Batman e após o estrondoso sucesso do filme "A Origem", pode ser uma agradável surpresa ver Hardy alucinado atrás do volante de um mundo pós-apocalíptico.

Ah, eu quase ia esquecendo! Falei de Mel Gibson, mas quase esqueci um dos melhores atores coadjuvantes que já vi em filmes de ação: o Ford XB GT Falcon Hardtop! Como fã de carros e da série, eu sei o que é isso, mas quem apenas assistiu ao filme o conhece como V8 Interceptor! O carro, que é a ferramenta de trabalho de Max no primeiro filme, acaba se tornando a casa dele no segundo. E um dos motivos pelo qual eu não gostei do terceiro é pela ausência do "possante".

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