
Amigo cinéfilo... Você adora o gênero "horror", mas não aguenta mais os clichês de Hollywood? Está cansado de ver os mesmos atores interpretando papéis indistinguíveis entre si? Se a resposta para ambas as perguntas for sim, o filme do qual falo nesse review é perfeito para você!
Dirigido por Jaume Balagueró e Paco Plaza, esta produção espanhola tem no elenco Manuela Velasco (A Lei do Desejo, Sangre de Mayo) e Ferran Terraza (Mejor que nunca, Los sin nombre). A sequência ([REC]², ou [REC] Possuídos) traz os mesmos diretores, além dos atores Jonathan Mellor (Fuga de cerebros) e Óscar Zafra (El patio de mi cárcel).
O estilo de gravação chamado de found-footage ("gravações encontradas") ficou famoso pelo clássico "A Bruxa de Blair". Trata-se de uma situação em que a veracidade da filmagem é levada ao máximo, com câmeras de ombro e até mesmo câmeras amadoras usadas durante as gravações. Como o nome diz, é como se as "fitas" dos filmes fossem encontradas após todo o ocorrido do filme, e fossem repassadas na íntegra. A principal característica a atrair produtores deste estilo de horror movies é o baixo orçamento que um filme desses tem, unido a um altíssimo retorno financeiro (Atividade Paranormal, que usa o mesmo estilo, foi produzido com meros US$15.000,00 e já rendeu mais de US$110 milhões), além do fato de sucesso quase que garantido, por atrair tantas pessoas aos cinemas pelo simples fato de que TODOS GOSTAM DE SENTIR MEDO!
Já que referi o filme "A Bruxa de Blair", vou chamar atenção para esses estilos de filme no seguinte quesito: atuação. Diferente do que estamos acostumados em filmes ditos "normais", esse estilo de filmagem pede uma atuação completamente diferente, e os três exemplos que me vem à mente (A Bruxa de Blair, Atividade Paranormal e [REC]) levam à cabo o que se pede disso: hiper realismo. Em um filme normal, você tem os estereótipos, como o machão, o assustado, o malvado, etc. Nesse estilo de filmagem, você precisa ter apenas um estilo: o real. Afinal, todos temos momentos de coragem, de maldade, de sadismo, e acima de tudo, o instinto de sobrevivência. Como ninguém sabe o que aconteceria se estivéssemos perdidos numa invasão de zumbis, ou frente a frente com bruxas, lobisomens, vampiros, demônios, etc, a resposta psicológica é a mais óbvia possível: pavor, seguido por conformidade e ódio sádico. E é isso que vemos nesses filmes, maestralmente dirigidos.
Como em todo horror que se preze, a maquiagem tem que ser, no mínimo, assustadoramente realista. E vemos isso muito bem nesses filmes, o que pode ser explicado, apesar do baixo orçamento, pelo efeito das filmagens: unindo um trabalho bem feito, mas não perfeito à tremedeira das câmeras, qualquer defeito no makeup (como aparecer o zíper nas costas do ator fantasiado, por exemplo), passa despercebido.
Bom, tenho que falar dos sustos... e que sustos! Momentos de tensão não faltam! Como na hora em que... Ahá! Acharam que ia rolar spoiler? Consegui me controlar! Mas digo que algumas cenas são perturbadoras, fazendo você dar saltos da cadeira. Uma dica para os rapazes que estão querendo aquela menina, e sabem que ela se assusta fácil com filmes assim: NÃO DEIXEM DE ASSISTIR COM ELAS, de preferência sozinhos, à noite, com chuva (sim, eu sou mau intencionado às vezes... hehehe)
Finalizando, espero que gostem desse filme e, se gostarem, não deixem de assistir (se já não assistiram) a sequência [REC]², além do clássico "A Bruxa de Blair" e os novos "Atividade Paranormal" e "Atividade Paranormal 2" este último lançado recentemente, em outubro passado.
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