quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Westworld


Salve, amigos cinéfilos!

Sabe aquela sensação de dé ja vu? Pois saiba que isso acontece muito no cinema. Nas últimas duas décadas tivemos uma enxurrada de remakes de clássicos (e outros não tão clássicos, mas que para os diretores/roteiristas mereciam ser revisitados). Filmes como "60 Segundos" (original de 1974, remake em 2000), "A Fantástica Fábrica de Chocolate" (original de 1971, remake em 2005) e "Fúria de Titãs" (original de 1981, remake de 2010 e sequência em 2012) foram apresentados ao público do novo século e relembrados por quem já não amacia na primeira fervura, como diz o ditado. Claro, nas adaptações modernas houveram inúmeras mudanças, desde (obviamente) os efeitos especiais até histórias quase que totalmente distintas dos primeiros exemplares.

De forma singular, alguns filmes antigos tornam-se histórias de fundo para séries. E o mais novo exemplo disso é o que a HBO trouxe (de forma magnífica, na minha modesta opinião) em Westworld. O primeiro episódio foi ao ar em 02 de outubro desse ano, e contou com presenças ilustres como Ed Harris, Jeffrey Wright, Thandie Newton, o brazuca Rodrigo Santoro e claro, o mestre Anthony Hopkins. Com nomes desse quilate, já era de se esperar que a série não fosse pouca coisa, especialmente por se tratar da casa de Game of Thrones, Band of Brothers e outras obras primas.

Versão de 1981


Eu já estava na hype do seriado pelas publicações em redes sociais, e acessei o aplicativo HBOGO numa certa noite de domingo (25/09). Na busca, encontrei o título "Westworld - Onde Ninguém Tem Alma", e qual não foi minha surpresa ao me deparar com um filme, datado de 1973, e que conta a seguinte história (segundo a sinopse do IMDB): "em 1983, um mal-funcionamento em um robô causa destruição e terror em um parque de diversões futurístico". Note que o termo "futurístico", em se tratando de um lapso de 10 anos, reflete a expectativa do ser humano para a época (demorou um pouco, mas o salto tecnológico impressionante de 10 anos realmente aconteceu, mas na década de 90, e nada parecido com o retrofuturismo que vemos no filme). 

Ed Harris


Confesso que não assisti todo o filme, apenas coisa de 10-15 minutos do início, mas fiquei curioso. Ainda pretendo assistir, mas com calma, e preparando o espírito para o retrofuturismo que sei estar presente na obra (detalhe: eu adoro retrofuturismo, apesar de saber que apresenta coisas muito fora da realidade... hehehe). Mas o seriado eu assisti... bem, os dois primeiros episódios, que é o que temos até agora. E me surpreendi positivamente!

Jeffrey Wright


Não é porque está em voga, mas a história é envolvente! A trama é obscura o suficiente para esperarmos ansiosamente pela noite de domingo! Os papéis, a exemplo de GoT e da receita de sucesso da HBO, não são definidos pela temática básica "mocinho-e-bandido". Não se sabe bem quem são os caras bons, ou quem são os caras maus, ou mesmo se a sistemática é parecida com GoT, onde todos são bons E maus ao mesmo tempo, dependendo da situação e do interesse. E é isso que mais atrai nas séries hoje em dia, correndo o risco de se tornar clichê em um futuro próximo.

Rodrigo Santoro


Um pequeno comentário sobre a participação tupiniquim na série: Rodrigo Santoro até faz um papel descente, reprisando a boa atuação como Xerxes em "300", e - quem sabe - enterrando de vez no limbo a participação risível no famigerado "As Panteras - Detonando". Será que ele consegue subir ao status estelar de Wagner Moura, como mais um brasileiro a despontar como um bom ator em Hollywood? A parte brasileira de Carmen Miranda (no caso, apenas por consideração) ficaria orgulhosa.

O mestre, Anthony Hopkins


E é isso. Recomendadíssimo, o seriado vai ao ar com episódios inéditos todo domingo, às 23h, no canal HBO. Não assina a HBO? Bom, sempre há a (não-recomendada) possibilidade de meios ilícitos, ou rezar para que, em algum tempo, a TV aberta passe a exibir os episódios. Mas levando em conta que já estamos indo para a 7ª temporada de GoT e nada ainda de Westeros aparecer na Globo, penso que uma assinatura da gigante Home Box Office venha a calhar.

Nenhum comentário: