segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Penny Dreadful


Salve, amigos cinéfilos!

Inspirado por uma conversa que tive no fim de semana, lembrei que disse há um tempo atrás que ia começar a falar de séries. Já mencionei algumas no passado, como as da Netflix (Os Defensores), HBO (Westworld e Game of Thrones), mas acabei não entrando mais nesse mundo. Pois vamos falar de algo deveras interessante: Penny Dreadful

Como sempre, vamos à história de origem. O nome "Penny Dreadful" É de origem inglesa, e vem do século IX. Naquele período, haviam publicações semanais de histórias de investigação, suspense e que abordavam o sobrenatural, e cada edição custava um "penny" (a menor fração da libra esterlina, a moeda inglesa, equivalente ao nosso centavo). Como eram histórias por vezes horripilantes (dreadful), o nome pegou e passou a se referir a esse modelo de história na Inglaterra.

Moeda de one penny, do século XIX
Um dos Penny Dreadful originais

E é esta a temática da série que esteve no ar entre 2014 e 2016. Dizer que os atores da série são consagrados é ser bastante conservador. E o melhor exemplo disso é que temos nada mais, nada menos, do que um 007 no elenco: Timothy Dalton dá o ar da graça, acompanhando Eva Green (que muitos lembram da sofrível sequência caça-níquel de 300), a protagonista. 

Quando o serviço secreto britânico encontra o exército persa. Um joinha pra você que entendeu as referências.

Como dito, a série basicamente é investigativa, com tons de suspense e recheada de vampiros, lobisomens e saci pererê (ok, sem o último), ambientada na Londres do início do século e com aquele ar condizente: neblina, escuridão, porões úmidos, carruagens, charcos e pântanos. A dicotomia entre bem e mal fica borrada aqui e ali, mostrando que a produção consegue capturar com precisão a psiquê humana, não deixando nada preto ou branco, mas mostrando o tom cinza que está presente em qualquer pessoa, propensa ao bem ou ao mal (nossa, me inspirei... parece sinopse de capa de fita VHS).

Esta é a palheta da série. Ambientes sujos e lúgubres, bem a cara de Londres no século XIX

A má notícia é que a série estava disponível na Netflix até um tempo atrás, mas foi retirada do catálogo. A boa é que há um spinoff planejado pelo canal de TV a cabo Showtime, chamado Penny Dreadful: City of Angels. As informações disponíveis até agora dão conta de que a série se passará em Los Angeles, Estados Unidos (daí o nome), abordará conflitos étnicos além dos religiosos, não terá nenhum dos personagens da série original (salvo alguma participação especial isolada) e será produzida pelo criador da série original, John Logan. Ainda não há data de estréia, nem informações de elenco.

E é isso, pessoal. Ficamos no aguardo e na expectativa, pois se o spinoff for tão bom quanto a série original, muita gente vai ficar feliz.


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