Salve, cinéfilos... A coisa anda meio corrida pro meu lado, mas tenho alguns reviews na agulha... só preciso de um pouco de tempo prá lapidar cada um deles... Ainda bem que a nossa querida colaboradora e revisora Gabi Ferri pôde fazer esse post fod@stico para nosso deleite... hehehe

É fácil falar de filmes atuais, aos quais podemos assistir em qualquer sala de cinema de qualidade, ou que podemos achar em qualquer locadora. Filmes como Matrix, Avatar, e até os melosos Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse estão entre os mais vistos nos últimos anos. O “fenômeno” das grandes bilheterias não chega a representar um mistério, afinal, tais películas (acho que já nem usam mais essa nomenclatura) possuem orçamentos grandiosos e uma produção de marketing inacreditável na corrida pelo prêmio máximo da indústria do cinema: o Oscar.
No entanto, acabamos esquecendo dos clássicos do cinema, aqueles filmes que nossos avós e nossos pais assistiam nas antigas matinês. Os grandes astros da época? Marlon Brando, Jerry Lewis (perto dele, Jim Carrey é um bebê!), Kirk Douglas (que citei no post anterior), Martin Sheen (o pai de Emílio Estevez e Charlie Sheen), e, o meu favorito: Clint Eastwood.
Eastwood, aliás, é a estrela máxima de um gênero cinematográfico que surgiu em meados dos anos 1960 – o Spaghetti Western, que iniciou com o filme Por um Punhado de Dólares (Per un pugno di dollari/A Fistful os Dollars – 1964), dirigido pelo cineasta italiano Sergio Leone. Por um Punhado de Dólares, aliás, encabeçou a “Trilogia dos Dólares”, composta ainda por Por uns Dólares a Mais (Per Qualche Dollaro in Più/For a Few Dollars More – 1965) e por Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo/The Good, The Bad, The Ugly – 1966).
Toda a produção dos spaghetti western (ou faroeste macarrônico, como costumo dizer) era feita por uma equipe italiana e os atores eram das mais diversas nacionalidades, de americanos e italianos, a espanhóis e alemães – há registro, inclusive, de um ator ítalo-brasileiro, Anthony Steffen, que participou de filmes como Um Homem Chamado Django e Um Colt para Sartana. Produzidos na Itália, curiosamente as películas eram rodadas na região da Almería, na Espanha, que muito se parecia com o Velho Oeste Americano.
As trilhas sonoras são memoráveis, talvez as mais belas já compostas para o gênero – sendo as obras de Ennio Morricone talvez as mais geniais. Para se ter ideia da grandiosidade da obra de Morricone, basta assistir a Kill Bill: Volume 2, onde o também brilhante diretor Quentin Tarantino (sobre o qual falarei futuramente), de certa forma, homenageia o clima dos westerns ao temperar o longa-metragem com temas da Trilogia dos Dólares. Morricone também foi homenageado pela banda Metallica, em 1999, que tocou a trilha The Ecstasy of Gold, do filme Três Homens em Conflito, no concerto Metallica S&M (Simphony & Metallica). A última produção do maestro foi o filme Bastardos Inglórios (2009), que é uma produção de... Quentin Tarantino!
A trilogia consagrou, inclusive, atores como Lee Van Cleef (o “Angel Eyes”, de Por um Punhado de Dólares e Três Homens em conflito) e Eli Wallach (o Feio, de Três Homens em Conflito) como astros de westerns. Já Clint Eastwood, no auge de sua carreira como ator, tornou-se protagonista de diversos títulos do gênero, além de iniciar sua carreira como diretor. Hoje, já acumula títulos premiados como Menina de Ouro (Million Dollar Baby – 2004, estrelado por Hillary Swank) e Cartas de Iwo Jima (Letters From Iwo Jima – 2006, com Ken Watanabe).
Confesso que, quando colocaram nas minhas mãos o título Por um Punhado de Dólares, fiquei cabreira. Em primeiro lugar, porque aquele filme “velho e ultrapassado” não agradaria ao meu gosto. Que bom que eu estava enganada! Digo isso porque, depois que se assiste ao primeiro faroeste, você certamente vai querer assistir a muitos outros, como os da franquia Trinity, com Terence Hill e Bud Spencer, ou aos estrelados por John Wayne. Já assisti a Trilogia dos Dólares várias vezes, e não canso de assistir. Juro! Decorei algumas cenas, e às vezes até falo alguns diálogos junto com os atores – é claro que já fui bombardeada com uma chuva de pipocas por isso...
Mas enfim, opções não faltam, e a diversão com este gênero cinematográfico é certa pros finais de semana em família!
Um comentário:
Assista Sete Homens e um Destino. Um mix de Star Wars, Faroeste e Akira Kurosawa (não sem motivo uma vez que o mesmo é uma refilmagem de Os Sete Samurais).
Aliás, saiu recentemente um RapaduraCast sobre o Enio Morricone. Recomendo!
http://seresrapadurianos.net/casts/rapaduracast_203-jukebox-maestro-ennio-morricone.mp3
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