quinta-feira, 11 de novembro de 2010

007 - Dos livros de Ian Fleming às peripécias de Daniel Craig

Pessoal, demorei mas voltei, e parte da demora foi por estar preparando esse monster post (bem parecido com os da Gabi Ferri, com bastante detalhes), e em outra parte pq ando meio ocupado msmo... mas não vou abandonar isso aqui nem a pau! hehehe


"Meu nome é Bond... James Bond"

Só mesmo na obra de Ian Fleming para um agente supostamente secreto se apresentar com o seu próprio nome. Conhecido dentro do MI6 (Serviço Secreto Britânico) como 007, ele é sempre descrito como um homem sedutor, alto, entre os 33 e 40 anos, exímio atirador, versado em combate corpo-a-corpo (e outras atividades corpo-a-corpo que o fizeram famoso entre as mulheres), "Jimbo", como era chamado pelo agente Felix da CIA (inteligência americana), com quem eventualmente trabalhava, já rendeu ótimas peças cinematográficas, e é o personagem com maior rotatividade de atores a representá-lo na história do cinema.

Explicando um pouco do codinome dentro da organização, o "00" é o código dado aos agentes do serviço secreto britânico quando este tem "licença para matar", e Jamos Bond foi o 7º agente do MI6 com esta prerrogativa. O cara era a arma perfeita nas mãos do governo britânico, com um senso de ética bem pitoresco, e sem muitos escrúpulos quando cumpria suas missões. Sempre foi do tipo "atire primeiro, mas sem acertar um ponto vital para poder interrogar o alvo, e atire depois prá não deixar vestígios."

Ian Fleming, o criador do personagem, escreveu 12 aventuras completas, entre elas Cassino Royale, Live and Let Die, Goldfinger e You Only Live Twice. E o sucesso foi tanto quando de suas primeiras adaptações ao cinema que alguns roteiristas se aventuraram e escreveram muito mais material, baseando-se em contos curtos do criador do 007, bem como aproveitando peças inacabadas, como The Man With The Golden Gun e mesmo produzindo textos originais próprios, com a mesma dinâmica dos livros de Flemming, todos retratando o agente-galã britânico.

Falando em galã, uma das perguntas que surgem numa roda de amigos quando se está debatendo 007 é "Qual foi o seu James Bond predileto?" Pois bem, Como eu disse antes, a rotatividade do cargo foi alta. Nada menos que 6 atores diferentes encarnaram o agente, conforme a lista a seguir:

- Sean Connery (6 filmes);
- George Lazenby (1 filme);
- Roger Moore (7 filmes);
- Timothy Dalton (2 filmes);
- Pierce Brosnan (4 filmes);
- Daniel Craig (2 filmes, o atual 007);

Parece ser unânime que o melhor deles foi o escocês Sean Connery, o primeiro 007 do cinema. Entretanto, nos últimos 2 filmes, houve uma agradável surpresa entre os fãs: Daniel Craig, britânico, ressuscitou o espírito mais soturno apresentado nos livros de Fleming, com um 007 menos sarcástico, mais passional e e até certo ponto, mais sádico e menos escrupuloso, como um verdadeiro agente secreto deve ser: poucas palavras, e o serviço feito (de um jeito ou de outro).

E não se pode falar de 007 sem lembrar de bugigangas... relógios com raio laser, sapatos com lâminas de canivete embutidas, carros com lança-foguetes e metralhadoras escondidos, sem falar das placas adaptáveis para cada país visitado pelo agente. No cinema, por muitos anos, o responsável por essas doideiras foi Desmond Llewelyn, como o personagem "Q", que era responsável pelas invenções à disposição dos agentes do MI6 até o ano de 1999.

Os carros, estamos falando disso, são um ponto à parte para discussão entre os fãs: Lotus Espirit V8, Aston Martin DB5 e BMW 750i são apenas alguns dos modelos usados por James Bond nos filmes. Veículos à altura do estilo galã que sempre acompanhou o personagem.

Outro personagem sempre presente nas histórias é "M", o/a chefe de James Bond. Desde 1995 o papel tem estado nas competentes mãos de Judi Dench, a primeira e unica mulher a representar o cargo superior do MI6.

Já que eu toquei no assunto "mulher", qual o marmanjo que nunca babou vendo um filme do 007? Pois é, em todos (eu disse TODOS) os filmes, J. B. acaba levando uma beldade prá cama. E já passaram pelos lençóis do 007 nomes como Honor Blackman, Talisa Soto, Kim Basinger e mais recentemente Halle Berry e Eva Green. Ah, tem também a secretária de M, a adorável Miss Moneypenny, eternamente apaixonada por Bond, ausente nos dois últimos filmes. A decisão de não incluir a personagem nesses últimos trabalhos, na minha opinião, foi sábia, eis que a personagem quebraria o contexto soturno que foi dado às obras, por ser um personagem cômico nos filmes anteriores.

Algo que sempre me chamou muito a atenção nos filmes são as trilhas sonoras e as aberturas. Além da clássica tela de entrada, com a câmera parecendo estar dentro de uma arma, com direito às ranhuras espiraladas na saída do cano, e o agente caminhando em direção ao centro da tela, distraidamente, e virando-se de súbito para atirar no que seria o portador da arma, e o sangue cobrindo de vermelho a tela. Esta é a clássica cena inicial do filme, mas não a abertura propriamente dita. Cada filme tem uma abertura diferente, com uma música famosa diferente, como Live and let Die, de Paul McCartney, Goldfinger na voz de Shirley Bassey, Die Another Day de Madonna, e muitas outras canções que se tornara ícones talvez só por serem parte de uma aventura do 007. As imagens mostradas enquanto essas músicas eram tocadas, cheias de psicodelia e motivos do filme, num caleidoscópio enlouquecedor. Confesso que sempre me senti perturbado pelas aberturas dos filmes do 007. Além disso, temos o clássico tema do filme, composto em 1962 por Monty Norman, e sofreu várias modificações ganhando arranjos de John Barry, George Martin, Marvin Hamlisch, e tantos outros ao longo dos anos.

Enfim... Há algum tempo atrás (tipo, julho desse ano), estava lendo no blog do amigo Jovem Nerd que possivelmente não haveria uma continuação de 007 no cinema, por conta da falta de $$ do estúdio Metro-Goldwyn Mayer (MGM, o estúdio do leãozinho). Em agosto, a Spyglass Entertainment acenou com a possibilidade de adquirir partes da MGM e quitar as dívidas de aprox. US$ 4 bi do estúdio, e garantir a produção de filmes como O Hobbit e o 23º de James Bond. Depois disso não fiquei sabendo de mais nada, a não ser que O Hobbit está em pré-produção, o que me deixa esperançoso de ver Daniel Craig de volta à pele do agente britânico.

É esperar prá ver...


2 comentários:

Cassiano Dal Pizzol disse...

Imperdoável o fato de ter esquecido de citar o grande filme Casino Royale de 1967 com Peter Sellers tendo David Niven como James Bond.

Outro fato imperdoável é não ter citado Ursula Andress e sua saída do mar (tal qual Halle Berry).

shame on you, Mr. Fonseca

Gabi.Betty disse...

Confirmado: o próximo filme sai em novembro de 2012!