sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Onde os Fracos não Têm Vez




Dos filmes de suspense envolvendo serial killers, psicopatas e sádicos em geral, existem alguns nomes que não podem deixar de ser lembrados: O Silêncio dos Inocentes, Sweeney Todd, Jogos Mortais... entre outros que não vou lembrar agora. Mas com certeza a obra que é alvo deste review se enquadra perfeitamente nesta lista.

Dirigido por Ethan Coen e Joel Coen, brilhantemente estrelado por Tommy Lee Jones (Homens de Preto I e II, Caçado), Javier Bardem (Mar Adentro, Vicky Cristina Barcelona, Comer, Rezar, Amar) e pelo ex-Goonie Josh Brolin (Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, Os Goonies, O Gângster).

Como diz o nome em inglês (No Country for Old Man), o filme é narrado do ponto de vista do policial Ed Tom Bell (Jones), um xerife de um pequeno condado norte americano, já na casa dos 60 anos, que gosta de relembrar casos antigos dos quais tenha participado ou ouvido falar, entre frases como "estou velho demais prá isso" e "no meu tempo não era assim", enquanto se desenrola toda a trama do filme com o sociopata da vez, Anton Chigurh (Barden), um assassino nato, e o provinciano mas esperto Llewelyn Moss (Brolin), que se depara com uma oportunidade que pode mudar completamente sua via, mesmo não sendo muito honesta.

Claramente vemos uma situação na história que é exemplificada pelo velho ditado "Ladrão que rouba ladrão", mas que pode trazer conseqüências funestas. Do ponto de vista psicológico, é uma obra prima do cinema contemporâneo, com interpretações dignas de Oscar ( e efetivamente premiando Javier Barden com o Oscar de melhor ator coadjuvante em 2008), além de levar os prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro.

E estes são apenas alguns prêmios conquistados pela obra, que recebeu a Palma de Ouro em Cannes, o Prêmio Saturno da Academia de Filmes de Ficção Científica, Fantasia e Horror dos EUA, o Grande Prêmio Brasil de Cinema (Melhor Filme Estrangeiro), Prêmio Edgar, Globo de Ouro por Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante para Barden, e até mesmo o MTV Movie Awards de "Melhor Vilão" para o Anton Chigurh de Barden.

Para quem gosta de um vilão sem escrúpulos, sem moral e cuja única preocupação antes de matar as vítimas é jogar a sorte delas no cara-ou-coroa, esse filme é perfeito. Na minha opinião, mesmo com apenas 3 anos, já é um clássico.

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