Pessoal, primeiro peço desculpas pela minha ausência... Além do trabalho, meu tempo tem sido preenchido por outras atividades. Mas não esquentem, não vou abandonar vocês tão cedo... hehehe
Segundo, quero agradecer à Gabi Ferri (@gabiferri24) pela ajuda que ela tem me dado prá não deixar vocês sem ótimos reviews.
Terceiro, novamente posto sem marcadores e sem links... como eu disse meu tempo anda curto... mas durante a tarde, nas folguinhas, eu edito o post e acrescento.

"Para entrar na mente de um assassino ela antes precisa mudar a de um louco."
Dentre os vários psicopatas retratados nas telonas, Hannibal Lecter é o que mais me fascina. Não pensem que meu “amor” por Dexter (do seriado de TV) é menor. Mas Hannibal, lunático e perversamente lúcido, é um psicopata tão real, tão palpável, que não há palavras que melhor o definam do que “fascinante”, “hipnotizante” e “impressionante”.
Assisti ao filme “O Silêncio dos Inocentes” (1991) pela primeira vez quando tinha, sei lá, uns 12 anos. E não assisti uma única vez: acho que já o loquei umas seis vezes desde então, além de ler a obra homônima de Tom Harris (comprei e, como toda a pessoa que empresta um livro, fiquei sem). Garanto a vocês, caros leitores, que o livro é pelo menos umas 10 vezes mais aterrorizante em determinadas passagens, e que o Lecter é o próprio demônio, um personagem que te faz ter pesadelos apenas com a menção de seu olhar escuro e sombrio, dos seis dedos em cada uma das mãos e de sua voz fria como o gelo (nem tudo isso pôde ser colocado no filme).
Preso por ser canibal e, literalmente, comer seus pacientes como se fossem iguarias da cozinha francesa, Hannibal (Anthony Hopkins) está há quase dez anos no corredor da morte quando é procurado pela agente do FBI Clarice Starling (Jodie Foster) para auxiliar na busca por outro psicopata, chamado Buffalo Bill. Lecter, encantado pela menina interiorana que enxerga na agente federal, inicia um perigoso jogo psicológico para conseguir todas as informações sobre a moça. A facilidade com que Hannibal consegue assumir o comando de sua relação com Clarice é inebriante. Ao longo do filme, os diálogos entre ambos vão ficando mais tensos, mais arrepiantes, sendo esse o principal ingrediente dessa trama.
Buffalo Bil (Ted Levine) também merece algumas palavras aqui: talvez ele seja o psicopata mais cruel que eu já vi. Não só pelo fato de matar, mas pela forma como ele procede ao sequestrar suas vítimas, deixando-as em cativeiro com o objetivo de faze-las emagrecer e... Opa! Alerta vermelho pra spoiler!!!
Certamente, este é, na minha humilde opinião, a melhor atuação tanto de Hopkins quanto de Foster. E minha opinião se justifica pelo fato de que, com tais personagens, ambos ganharam, em 1992, o Oscar de Melhor Ator e Atriz, e o filme, como um todo, ainda levou as premiações por Melhor Filme (Edward Saxon, Kenneth Utt e Ronald M. Bozman), Melhor Roteiro Adaptado (Ted Tally), e Melhor Diretor (Jonathan Demme), além das indicações a Melhor Edição e Melhor Som. Levou também o Urso de Prata de Melhor Diretor no Festival de Berlim em 1991, além do Bafta, Prêmio César, NYFCCA, People’s Choice Awards, Saturn Awards e Prêmio Edgar.
Dentre os livros de Tom Harris, esta é a segunda obra, precedido de O Dragão Vermelho, e sucedido por Hannibal. Infelizmente, as outras duas obras do autor não foram bem sucedidas na telona, mesmo com Edward Norton e Ralph Fiennes em Dragão Vermelho, e com Ray Liotta e Juliane Moore (Clarice Starling) em Hannibal. Pra quem quiser conferir todos os filmes, que têm uma continuidade entre si, vai uma dica: assistam Dragão Vermelho, O Silêncio dos Inocentes e, então, Hannibal – a história vai parecer ter mais sentido.
Quanto a Dragão Vermelho, lançado em 2002, este é um remake de Manhunter, de 1986, dirigido por Michael Mann, onde o Dr. Hannibal Lecter é interpretado por Brian Cox, e o agente Will Graham é interpretado por William Petersen (CSI). Pessoalmente, assisti ambos, mas ainda prefiro o Lecter de Anthony Hopkins – incomparável! Em 1986, a questão psicológica foi bem mais acentuada, mostrando claramente a influência que Hannibal exerce sobre Graham. Quanto à versão de 2002, cito como ponto positivo apenas o elenco estelar (Gurias! Atentem-se para o físico espetacular de Ralph Fiennes e suas costas tatuadas!). De resto, não vi muita graça já que a história é a mesma.
De qualquer forma, o comentário do Cassiano no post sobre Pulp Fiction é totalmente aplicável a estes filmes: “Se alguém não viu [...] não merece o título de ‘cinéfilo’”. Vale lembrar que O Silêncio dos Inocentes figura em primeiro lugar na lista dos 10 Filmes de Suspense Essenciais, do crítico Rubens Ewald Filho.
E aí, vai encarar?
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