segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Em uma galáxia nem tão distante assim...


Salve, nobres cinéfilos!

Na vibe da próxima estréia, para alguns a mais aguardada dos últimos anos, vamos falar um pouco de Star Wars. Eu sei, eu sei... já falei sobre esse assunto (curiosamente, foi o primeiro post desse blog), mas com a vinda do Ep. VII, não podia deixar de revisitar a franquia. Não é segredo para ninguém que eu sou um fã incondicional do universo criado por George Lucas, e por isso posso falar com a autoridade de quem acompanha (quase) tudo o que acontece de novo sobre o assunto.

Vamos iniciar falando de como ficou a franquia após o lançamento do ep. 3... Todos estavam naquela ressaca cinematográfica, com pouca esperança de ver algo novo nas telonas, mas bombardeados em outras mídias. Séries de TV (nenhuma live-action, infelizmente), jogos de várias plataformas, uns com foco totalmente novo (linha "Velha República", iniciada nos jogos "Knights of the Old Republic" e mantida no MMORPG "The Old Republic"), quadrinhos... Até mesmo a chamada "Trilogia de Thrawn", ou "Herdeiros do Império") tornou-se mais popular, tamanha a ânsia dos fãs por materiais inexplorados.

Até que veio a bomba: Disney compra a Lucasfilm! De outubro de 2012 pra cá, o medo e a esperança dominaram a galáxia... de fãs. As opiniões ficaram divididas sob argumentos como "vão desvirtuar a franquia" e "a Disney não faz coisas ruins, vamos ter fé". Pois bem: o primeiro sinal de problema veio com imagens liberadas pelo estúdio do roedor mais famoso do mundo, onde o próprio segurava sabres-de-luz e vestindo o manto icônico dos Jedi, além das piadinhas sobre Leia ser oficialmente uma das "princesas Disney". O que ninguém esperava era a confirmação do anúncio feito no momento da negociação: o Ep VII.

Muitos já pensavam sobre isso, e até desejavam ver uma continuação da icônica história iniciada em 1977, mas poucos tinham fé que o próprio George faria qualquer coisa nesse sentido, uma vez que ele mesmo declarou, após o Ep. III, que não haveria continuações. Entretanto, a empresa do maior parque de diversões do mundo não iria deixar escapar a chance de fazer dinheiro com a franquia recém adquirida.

Pois bem. O motivo que me levou a abordar o assunto novamente não é exatamente a negociação, ou a pretensão do estúdio, e sim o que muitos novos nerds estão adorando fazer nos últimos tempos: teorizar sobre o que vão ver quando houver o lançamento. Séries de TV e filmes têm sido alvos de conjecturas com e sem sentido (é só acompanhar o que pode vem acontecendo com Game of Thrones, da HBO), e a partir daí vemos algumas idéias muito inteligentes e outras completamente estapafúrdias.

Vou comentar aqui as que mais me chamaram a atenção, quais sejam: Quem é o verdadeiro vilão, atores confirmados e seus papéis, possíveis reviravoltas da história e o destino de certos personagens icônicos. Lembrando que as conjecturas se baseiam no (pouco) que vimos dos trailers e teasers lançados até agora (incluindo a versão lançada no Japão, a última até agora). Lembrando que são as minhas impressões com relação às teorias lançadas, baseadas tanto no conhecimento que possuo da mitologia de Star Wars quanto no que vi nos trailers e teasers.

1. Quem é o vilão, afinal?


Temos alguns fatos nesse caso: a presença confirmada de Mark Hamil no filme, trazendo à vida novamente o Jedi Luke Skywalker. Nos trailers, não vemos seu rosto, apenas uma curta cena de uma mão mecânica de uma figura encapuzada, tocando o androide R2-D2. E temos também o jovem ator Adam Driver dando vida a Kylo Ren (que o IMDB diz ser o principal antagonista do filme). Mas muitas teorias dizem que Kylo Ren não é o verdadeiro vilão do filme, e colocam Luke Skywalker como um "Jedi caído", que é um Jedy que sucumbiu ao Lado Negro da Força. Apesar de um pouco deslocada, essa teoria faz algum sentido. Não é incomum na história vermos Jedis sucumbindo ao apelo do Lado Negro, o que poderia fazer com que Luke, em busca de entender e conquistar o poder necessário para trazer o tão falado equilíbrio para a Força, fosse tentado a dominar os poderes diferenciados que a escuridão proporciona. Mas não creio que J. J. Abrams (diretor do filme e aficionado pelo universo Star Wars) fosse desviar tanto um personagem icônico como Luke - para alguns fãs, o verdadeiro "mocinho" de toda a série. Acredito sim que Luke tenha se tornado um "Jedi Cinzento", alguém que encontrou o equilíbrio entre o bem e o mal, e a classe mais poderosa de usuário da força de toda a mitologia.
Kylo Ren


2. Não matem o cachorro!

Assisti recentemente um vídeo do pessoal do site Omelete, onde o Érico Borgo usa essa referência, comentando sobre uma das teorias mais loucas dos fãs: a de que Chewbacca, o co-piloto da Milenium Falcon e melhor amigo de Han Solo, morreria no filme. Chewie, para os íntimos, é uma das maiores referências ao universo Star Wars, e sua morte pelas mãos do vilão do filme seria uma manobra muito criativa para criar a antipatia do público para com o antagonista. Outro possível meio de vermos o wookie morrer seria o sacrifício pelos amigos. Uma das facetas que poucos conhecem dos wookies, especialmente da amizade entre Han e Chewie, é que quando você salva a vida de um wookie, este fica ligado por um juramento ao salvador, uma "dívida vitalícia". Apesar de serem independentes, os wookies vinculam-se a quem lhes salva a vida, não raramente dando a própria para salvar quem lhes salvou. E essa pode ser a motivação do wookie para sacrificar-se e morrer, caso seja verdadeiro esse boato. Mas (sim, sempre tem um "mas") eu não sei se J. J. faria alguma coisa desse gênero, pois trata-se de um personagem muito querido pelos fãs. Sei que, caso aconteça um assassinato, que é outra das teorias, o ator que interpretar o matador de wookies vai ser linchado em praça pública por fãs mais hardcore.
Chewbacca


3. Quem manda (de fato) na Nova Ordem?

Ainda não foi divulgado um personagem que preenche o uniforme que Moff Tarkin vestiu no Ep. IV como o grande líder militar do lado mau da história. Claro, o ator Domhnall Gleeson é apresentado pelo IMDB como um tal General Hux, mas a biografia do personagem está vazia no site, e pouco se sabe sobre sua origem. De fato, conhecendo a mitologia e confiando que J. J. tenha lido a excelente obra de Timothy Zahn ("Herdeiros do Império", que comentei acima), a relação de Hux com Kylo Ren pode ser a mesma que já vimos entre Tarkin e Vader, ou Trawn e Joorus Cbaoth: um é o cérebro, a tranquilidade e a estratégia, outro é a força destrutiva. Mas nos dois exemplos apresentados, as relações são um pouco diferentes: Vader acata ordens de Tarkin e até certo ponto o respeita, mas C'baoth está sempre desafiando Trawn, enquanto este manipula o primeiro usando sua inteligência e estratégia. Resta saber qual será a relação entre Hux e Ren no Ep. VII. Claro, ainda temos Andy Serkis (o nosso adorável Sméagol) dando vida ao Supremo Líder Snoke, mas este estaria mais para Palpatide, a mente do mal que "administra" a nova ordem, mas que delega poderes a outros, como o Imperador fez com Tarkin e, posteriormente, Vader.
Grand Moff Tarkin (Ep. IV)
General Hux

Arte conceitual - Líder Supremo Snoke


4. "I am your father!"

Uma teoria que faz muito sentido, mesmo que a Disney tenha dito para esquecermos o cânone antigo, é que a mais nova queridinha da mitologia cinematográfica, Rey (interpretada por Daisy Ridley), seja filha de Han Solo e Leia Organa-Solo. No cânone pós-trilogia que tínhamos até então, Leia e Han tiveram três filhos: os gêmeos Jaina e Jacen (nascidos 9 anos após a batalha de Yavin, quando foi destruída a primeira Estrela da Morte), e Anakin (sim, uma homenagem ao avô). Tudo leva a crer que, se for mais que apenas uma teoria, Rey seja de fato Jaina Solo, e tenha um irmão gêmeo perdido pela galáxia (quem sabe Poe Dameron, interpretado por Oscar Isaac?). Já temos aí um plot twist, marca registrada do diretor.
Jacen Solo
Jaina Solo
Anakin Solo


5. O que aconteceu nesses 30 anos de hiato?

De acordo com a descrição do novo episódio, a história se passa 30 anos após a batalha de Endor, quando foi destruída a segunda Estrela da Morte e morreu (será?) Palpatine. O que teria acontecido à galáxia nesses 30 anos? Será que veremos personagens que foram firmados como secundários nos filmes anteriores, como Mon Mothma, Almirante Akbar, Lando Calrissian (brilhantemente interpretado por Billy Dee Williams nos Ep. V e VI), ou mesmo o General Madine (que foi visto apenas no briefing antes da destruição da segunda Estrela da Morte, no Ep. VI, mas foi aproveitado em algumas histórias canonizadas após o lançamento dos filmes)? Pois o pouco que os trailers revelam nos conta que temos uma Nova República instável, um exército de dissidentes do antigo Império em plena acensão, o legado de Yoda, Kenobi e do conselho Jedi esquecido (bem como o Lado Negro da Força), a mesma situação política na Orla Esterna (onde ficam os planetas Tatooine, no qual Anakin nasceu e Luke foi criado pelos tios Owen e Beru, e Jakku, onde se passa o novo filme)... Não tenho como discorrer muito sobre esse período por dois motivos: primeiro, a Disney, como eu já disse, mandou todos esquecerem o cânone pós filmes, e segundo porque os trailers e teasers dão muito poucas informações. Claro, vemos um Star Destroier imperial caído em Jakku, vemos Tie Fighters modernizados nas mãos da Nova Ordem, vemos uniformes diferentes nos storm Troopers, mas fora isso, não temos muito mais informações.
Han e Chewbacca - 30 anos de diferença (só para o humano... hehehe)

E são essas as teorias que mais me chamaram a atenção no que já vimos sobre o novo filme. O que precisamos agora é ouvir os ensinamentos de Yoda e termos muita, mas muita PACIÊNCIA! Estamos a poucos dias da estréia (um mês exatamente, nas minhas contas), e logo teremos as respostas para essas perguntas... ou um bilhão de novas perguntas, se conheço um pouco do trabalho de J. J. Abrams...

Por hoje é isso, amigos cinéfilos! Pretendo assistir o quanto antes esse filme, e quando secar o suor dos olhos, pretendo fazer o review. Uma coisa que antecipo, é que esse review terá repetidas vezes as palavras "maravilhoso", "fantástico", "genial" e "fenomenal", e muitos, mas MUITOS pontos de exclamação.

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